Cravo botão – Eugenia caryophyllus
Eugenia deriva do grego: Eu = bem, bom e Génos = raça, estirpe, junção da qual resulta o significado “bem-nascida”.
Santa Eugênia é a padroeira das parteiras. Diz-se das parteiras que elas permitem o nascimento de si mesmas, por isso o mito é de que esse óleo essencial aporta confiança e apaziguamento.
Karyophyllon, também deriva do grego e significa “folha-noz”.
É uma pequena árvore de porte piramidal que atinge entre 10 a 20m de altura, originária de Madagaskar, ilhas Reunião e Antilhas.
Atualmente a maior produção deste OE vem da Indonésia e África do sul.
O OE de cravo pode ser extraído dos botões secos, folhas e haste da planta. O OE extraído de qualquer uma dessas estruturas vegetais é considerado popularmente antisséptico, analgésico e antibacteriano, combatendo um grande números de bactérias.
O componente em maior concentração no OE de cravo é o eugenol, seguindo o β-cariophileno, acetato de eugenila, α-humulene e óxido de caryophyleno. Esses componentes encontram-se em diferentes concentrações nas diferentes estruturas do vegetal.
A concentração dos componentes químicos ainda pode variar dependendo da origem geográfica do OE.
O botão do cravo faz parte da medicina ayurvédica desde 1500 a.C.
Segundo as tradições asiáticas, o OE de cravo botão acalma os distúrbios digestórios, a náusea e a diarréia
Aromacologia
Óleo Essencial da mudança
Na Indonésia este OE era adicionado ao tabaco para que os trabalhadores tivessem mais força para o trabalho e na tentativa de que associação deste aroma com o tabaco inibisse a fome.
Este aroma estimula o movimento, restaura as defesas naturais da pisquê, motivando as respostas do corpo e da mente ao stress.
Indicado para quem necessita de força, ânimo e motivação para mudar.
Aporta a vibração da persistência necessária para finalizações e continuidades.
Auxilia o rompimento da barreira do desânimo e cansaço.
Cosmética
Potencial redutor de verrugas.
Coadjuvante no combate a micose, fungo de unha, liquen plano.
Útil no combate a sarna, carrapato.
Fortalecedor de unhas fracas e quebradiças.
Usos Tradicionais
O uso tradicional do OE de cravo botão e folha e seu uso como antisséptico e analgésico é apreciado em todo o mundo.
Estudos comprovaram sua ação antibacteriana associada a doenças periodontais. Porém, não é apenas no combate da placa bacteriana oral que esse OE tem sido usado. Este OE tem sido apreciado também no combate a Escherichia coli, Salmonella enteric e Staphylococcus aureus (1). Devido a dermoagressividade deste OE realize bochecho com OE diluído no OV.
Coadjuvante no combate a dor de dente aguda, aftas, retração de gengiva, mau-hálito. Devido a dermoagressividade deste OE realize bochecho com OE diluído no OV.
Potencial analgésico e anti-inflamatório, também é utilizado em massagens para dissolver contraturas musculares e amenizar a dor articular e reumática.
Tônico uterino, coadjuvante no alívio da dor do parto (1). Formas de uso: AS
Aroma estimulante do metabolismo, ameniza os sintomas da pressão baixa e do hipotireoidismo. Coadjuvante em dietas de emagrecimento.
Este OE é listado no Potter’s New Cyclopaedia of Botanica; Drugs and Preparations como um antiemético, útil no caso de enjôos, náuseas e vômito (2).
Pesquisas também estão sendo realizadas para comprovar o uso empírico deste OE por séculos como antifúngico, antialérgico, antioxidante e inseticida.
Não se deve exagerar no consumo do OE de cravo botão e folha.
Aconselha-se evitar o uso prolongado por pessoas com sensibilidade gástrica. Pode apresentar hepatotoxicidade no uso prolongado.
Deve-se evitar o uso em hemofílicos, ou para pessoas que fazem uso de anticoagulantes, aspirinas, heparina ou warfarina, pois o eugenol, seu constituinte molecular majoritário, é um inibidor da atividade plaquetária, diminuindo a coagulação sanguínea (3).
Segurança no Uso
Vishwa Schoppan
Bióloga, Ecóloga, Aromaterapeuta.
Referências:
1. Faucon M. Traité D’Aromathérapie Scientifique et Medicale Les Huiles Essentielles. Éditions Sang de la Terra, 2017.
2. Wren R. Potter’s New Cyclopaedia of Botanica; Drugs and Preparations. London: Churchill Livingstone, 1988.
3. Tisserand R, Balacs T. Essential Oil Safety. A Guide for health Care Professionals. Churchill Livingstone, 2006.
A quantidade de gotas de OE sugeridas dependerá da intensidade do aroma do OE escolhido. Alguns OE possuem aroma mais intenso, utilize quantidades menores. Use sempre diluições mínimas em crianças, idosos e gestantes.
Aromatização Ambiental: Pingue mais ou menos 12 gotas de OE na água do difusor ambiental. Adicione mais ou menos gotas de acordo com a intensidade do aroma.
Bochecho: Pingue 3 gotas de OE em um copo d’água, ou dilua em 3ml de OV. Não engolir.
Colar Aromático: Pingue 3 gotas de OE no algodão e acomode-o no orifício do colar. Adicione mais gotas toda vez que o aroma acabar.
Fricção Plantar: Pingue 3 gotas de OE diretamente na planta de cada pé e friccione. Para OE dermoagressivos friccione diretamente pé com pé, não utilize as mãos.
Hidratação:
– para o rosto dilua 1 gota de OE em 1 CS de OV;
– para o corpo pingue 60 gotas de OE em 120ml de OV, ou dilua o OE em qualquer outro veículo carreador (argila, creme, loção ou manteiga vegetal);
– para os cabelos pingue 5 gotas de OE em 1 CS de OV para hidratar a ponta dos fios.
Inalação:
– no lenço, pingue 3 gotas de OE;
– no inalador própro para uso de OE, pingue 5 gotas;
– no pulso, pingue 2 gotas de OE e friccione com o pulso da outra mão.
Massagem: Adicione de 50 a 70 gotas de OE em 120ml de OV e utilize-o na massagem.
Spray: Adicione 40 gotas de OE de sua preferência em uma solução de 60ml de álcool de cereais e 40ml de água deionizada. Use com um frasco spray.
Uso Tópico: Pingue 5 gotas de OE diluídas em 1 CS de OV de pracaxi, andiroba, rosa mosqueta ou outro OV indicado.
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